O Índice de Mercados Emergentes (EMI, na sigla em inglês) do banco HSBC recuou para 51,1 em fevereiro ante 51,4 em janeiro. O resultado, que representa a terceira queda consecutiva do indicador, mostra o ritmo de expansão da produção nos mercados emergentes mais fraco desde setembro de 2013, avalia a instituição. Mesmo assim, como permaneceu acima dos 50 pontos, o índice indica expansão. Abaixo da marca de 50 pontos, indicaria contração.
"A moderação no crescimento no último período refletiu a alta mais fraca na produção industrial em cinco meses. Contrações na China, Rússia e Coreia do Sul pesaram sobre a produção do setor nos mercados emergentes", afirmou o banco em relatório. "O crescimento desacelerou no México e permaneceu fraco no Brasil. Por outro lado, Polônia e República Tcheca registraram forte acréscimo, assim como Taiwan".
A atividade no setor de serviços nos países emergentes cresceu a uma taxa levemente mais forte em fevereiro, permanecendo fraca apenas em uma das 17 economias que compõem o índice.
O cenário deve permanecer moderado em março com o fluxo de novos negócios crescendo na taxa mais fraca em cinco meses. A manutenção dos níveis de emprego inalterados ao longo do mês e a queda os pedidos em carteira caíram ainda mais refletem a falta de pressão na capacidade produtiva.
O banco aponta que a pressão inflacionária nos mercados emergentes permaneceu fraca de maneira geral, apesar da evidência de pressões de custo no Brasil, Rússia e Turquia.
Expectativas
"As economias emergentes estão lutando para ganhar tração. Olhando à frente, existe pouca esperança para uma retomada rápida já que o crescimento dos novos pedidos perdeu força", afirmou, em nota, o economista-chefe do HSBC para o leste da Europa e África, Murat Ulgen.
O índice de produção futura dos mercados emergentes, que mostra as expectativas para a atividade nos próximos 12 meses, se recuperou em fevereiro para o patamar mais alto em onze meses, refletindo uma melhora no sentimento tanto na indústria quanto em serviços.
Entre os maiores mercados emergentes, o HSBC destaca que o Brasil registrou as expectativas mais fortes de que haverá crescimento da produção, como ocorreu em oito dos últimos nove meses. A China apresentou o sentimento mais forte de melhora em 11 meses, na combinação de produção industrial e serviços. Segundo o banco, os empresários na Rússia permanecem os menos otimistas, seguidos pelos indianos em terceiro lugar.
O EMI deriva das pesquisas do índice de gerentes de compras (PMI, em inglês) realizadas pelo HSBC em 17 países emergentes e publicadas mensalmente.
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