O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou para cima a taxa média anual de crescimento das três atividades que integram o Produto Interno Bruto (PIB) sob a ótica da oferta: Agropecuária, Indústria e Serviços. De 2001 a 2011, a taxa média anual de crescimento do PIB da agropecuária passou de 4,0% para 4,1%; a do PIB da indústria aumentou de 2,7% para 3,1%; enquanto a do PIB de serviços saiu de 3,6% para 3,7%. "Quem teve a maior revisão na série inteira foi a indústria. E um dos motivos foi a construção, que a gente reformulou a série inteira", apontou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
Sob a metodologia antiga, o cálculo do valor adicionado da construção levava em conta os custos dos insumos. Na nova série, as contas para o segmento levam em consideração a evolução dos insumos mas também o crescimento real das remunerações no setor. "Isso teve impacto positivo na série", disse Rebeca.
O PIB da indústria inclui a indústria extrativa; indústria de transformação; energia elétrica, gás, água, esgoto e limpeza urbana; além da construção civil. O IBGE publicou hoje os dados definitivos do PIB de 2010 e 2011, além de reajustar a série histórica até 2000. A mudança nas Contas Nacionais fez o cálculo incorporar recomendações internacionais.
Os resultados das Contas Nacionais Trimestrais até 2014 sob a nova metodologia serão divulgados em 27 de março. Em novembro, o órgão publica as revisões definitivas para as contas anuais de 2012 e 2013. O trabalho de reformulação das Contas Nacionais levou três anos para ser concluído.
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