O valor médio do metro quadrado na capital mineira em 2022 foi de R$ 4.815, com uma leve queda de 0,3% em relação ao registrado no ano anterior (Imagem de jcomp no Freepik)
A estabilidade no preço dos imóveis em Belo Horizonte, por dois anos seguidos, pode fazer de 2023 um bom momento para quem sonha ter o próprio teto. O valor médio do metro quadrado na capital mineira em 2022 foi de R$ 4.815, com uma leve queda de 0,3% em relação ao registrado no ano anterior. No mercado, os dados indicam que a tendência para os próximos meses é mais favorável para quem compra do que para quem vende uma propriedade.
As informações são de uma pesquisa da Casa Mineira/ QuintoAndar. O levantamento mostrou que os preços dos imóveis mantiveram o mesmo patamar de 2021 em 2022, surpreendendo o próprio setor.
Segundo Vinicius Oike, economista do Quinto Andar, as expectativas no início de 2022 eram “pessimistas” e o resultado final estável foi positivo.
“O crescimento econômico no pós-pandemia e a forte recuperação do mercado de trabalho impulsionaram o mercado imobiliário ao longo do ano, a despeito da alta taxa de juros, que continua elevada”, afirma.
Ajudando a animar as projeções para este ano está o relançamento do programa federal Minha Casa, Minha Vida, que promete impulsionar a construção de residências, facilitar o financiamento e ampliar os recursos disponíveis para a habitação.
Porém, na avaliação do Quinto Andar, os resultados positivos da iniciativa devem ser minimizados por uma taxa de juros ainda bastante elevada. “Apesar de o mercado imobiliário brasileiro estar habituado a operar com taxas de juros bastante elevadas, já há sinais de inversão, com menor volume de financiamento imobiliário”, avalia.
Para Kênio Pereira, diretor da Netimóveis, a maior alteração no setor imobiliário em BH pode vir das mudanças no Plano Diretor, em debate na Câmara Municipal, que buscam ampliar a possibilidade de construções na região central.
“A postura da prefeitura de reduzir o potencial de construção e forçar o pagamento de outorga onerosa aumenta os custos de construção, a ponto de inviabilizar novos prédios para a classe média e baixa nas áreas centrais da capital”.
Regiões em alta
Apesar da ligeira redução no preço médio dos imóveis, algumas regiões registraram alta. Destaque para a Leste (+ 5,19%) e a Norte (4,1%). Na pesquisa, as regiões que puxaram a média da cidade para baixo foram a Noroeste (-4,7%) e a Oeste (-4,09%).
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