O volume de impostos pagos na economia brasileira caiu 5,7% no segundo trimestre de 2015 em relação a igual período de 2014, o que adicionou um impacto negativo ao Produto Interno Bruto (PIB) no período, afirmou nesta sexta-feira, 28, Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste confronto, o PIB caiu 2,6%, segundo o órgão.
"Todos os impostos tiveram impacto negativo. Mas os principais foram o imposto de importação e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), muito por causa da indústria", disse Rebeca.
A coordenadora também ressaltou que o mau desempenho da indústria no PIB do 2º trimestre foi puxado pela construção civil e pela indústria de transformação que, juntas, representam 75% da indústria total.
Rebeca destacou que esse fraco desempenho teve reflexo negativo no investimento. Além disso, os serviços que tiveram maior impacto negativo no PIB foram justamente aqueles atrelados à atividade industrial - como comércio atacadista e transporte e armazenagem de carga mais afetados.
Já a indústria extrativa mineral foi uma das três atividades econômicas que cresceram no segundo trimestre ante o primeiro trimestre do ano, com alta de 0,3%. Na comparação com o mesmo trimestre de 2014 a alta foi ainda mais expressiva, de 8,1%.
"A indústria extrativa foi um dos destaques positivos tanto pelo recorde na produção de minério de ferro, quanto pela produção de petróleo, em especial no pré-sal", explicou Rebeca.
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