Inadimplência cai 0,27% em junho, diz CNDL

Célia Froufe
06/07/2012 às 12:12.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:22

A inadimplência do consumidor do varejo registrou queda de 0,27% em junho na comparação com o mesmo mês de 2011, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulgados nesta sexta-feira pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). De acordo com as entidade, esta é segunda vez no ano em que houve queda do indicador, nessa base de comparação - em março, havia sido observado recuo de 11,95% em relação a março de 2011.

Também houve diminuição da inadimplência de maio para junho, de 9,44%. Como resultado, o calote ficou praticamente estável na primeira metade do ano, já que foi verificada variação de somente de 0,09%.

Conforme avaliação do SPC Brasil, a baixa na inadimplência indica que parte das famílias tem conseguido pagar suas contas em dia. A entidade ressaltou, porém, que no mês passado, houve queda de 1,1% na exclusão dos registros ao SPC em relação a junho de 2011. O resultado do ano até o mês passado ainda é positivo, com a recuperação do crédito em alta de 1,55%.

Os resultados de junho mostram uma inversão em relação ao crescimento da inadimplência e das exclusões, que vinha sendo observado nos últimos meses.

Vendas

A CNDL também informou que as vendas no varejo registraram queda de 2,8% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado. Esta é a primeira baixa do indicador após 14 meses de elevação seguida na mesma base de comparação. O recuo das vendas no mês passado foi antecipado pela Agência Estado. As informações da CNDL e levam em conta o volume de consultas feitas pelos comerciantes ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) nas vendas feitas a prazo ou com cheque. De acordo com a entidade, a última queda na comparação anual foi registrada em março do ano passado, quando as vendas recuaram 5,17% na comparação com março de 2010.

De maio para junho foi constatada uma queda de 5,26% nas consultas, o que reforça, segundo a CNDL, que ocorreu uma inversão da tendência de alta do consumo. No acumulado do primeiro semestre do ano, o indicador registra uma alta de 3,7%.
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