Índice "Big Mac" ajuda turista a economizar no exterior

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
03/11/2013 às 08:00.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:52
 (Eugenio Moraes)

(Eugenio Moraes)

Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles num pão com gergelim… O sanduíche da rede McDonald`s, o mais famoso do mundo, pode também ajudar turistas a economizar no exterior. E não por ser uma refeição em conta, mas por servir de referência para a escolha de destinos baratos de viagem.

O sanduíche é base do Índice Big Mac, calculado pela respeitada revista britânica The Economist. O indicador mostra quais os países mais caros e mais baratos do mundo a partir da comparação dos preços do sanduíche.

Na falta de uma ferramenta científica que compare o poder de compra das moedas mundiais, ele passou a ser uma alternativa para turistas escolherem destinos onde se gasta pouco ao redor do mundo. Não é muito preciso, mas é prático e aponta o equilíbrio (ou desequilíbrio) cambial em boa parte do planeta.

E a importância de se planejar um destino de viagem a partir do poder de compra do real no exterior foi reforçada pela recente desvalorização da moeda brasileira, que tornou mais caros os destinos mais badalados.


Conversão

O Índice Big Mac baseia-se na teoria econômica da paridade do poder de compra. Segundo ela, o câmbio estará na posição correta quando o preço de um bem, no caso o Big Mac, for o mesmo se convertido para qualquer moeda.

 
 

“Apesar das lacunas, o índice nos dá uma noção do custo de vida em dólar em vários países. Se sou turista e vou utilizar serviços, ele dá uma pista. Pode ser uma maneira para se começar a traçar o roteiro da próxima viagem”, diz o professor de Economia do Ibmec Reginaldo Nogueira.

No índice Big Mac de 2013, que lista 57 países, o sanduíche na Tailândia, no Sudeste Asiático, por exemplo, custa o equivalente a US$ 2,85, valor 37% inferior ao praticado nos Estados Unidos (US$ 4,46). Não é à toa que o destino tem caído no gosto dos turistas.

O fast food também custa menos na Grécia e em Portugal, países afundados na crise mundial, além de República Checa, Turquia, Peru, Colômbia e outros destinos turísticos onde a relação custo versus benefício deve ser avaliada.

Antes de embarcar para sua primeira viagem internacional, em outubro deste ano, o gerente de vendas Ricardo Gonçalves pesquisou o custo de vida em alguns lugares. Optou por Bogotá e Cartagena, em detrimento dos clássicos Londres e Paris. “Preços atrativos pesaram na decisão”, diz ele, satisfeito com os valores praticados na Colômbia.

“Um bom almoço para duas pessoas fica entre R$ 25 e R$ 30. Já um passeio ao vulcão, com direito a transporte, massagem e refeição, custou incríveis R$ 40”, lembra.

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