Indústria busca inovações em startups mineiras

A busca por melhorias de produtividade e redução de gastos está entre as principais demandas da indústria. O aumento da eficiência energética, a economia no uso da água, a reciclagem e reutilização de resíduos são apenas alguns dos vários desafios em debate. Uma das tentativas de reunir soluções criativas para essas demandas é o Startup Weekend Industry, primeiro evento focado na reunião de profissionais em busca de ideias inovadoras para aplicação no setor industrial.

Na prática, a ideia central é reunir em Belo Horizonte, durante o fim de semana, empresas com propostas de negócio que resolvam problemas comuns à indústria mineira. No encontro, representantes do setor automotivo, metalúrgico e de tecnologia vão avaliar a viabilidade das soluções criadas.

Durante 54 horas, designers, desenvolvedores da área de tecnologia, especialistas em processos industriais e profissionais da área de negócios irão trabalhar em conjunto. A solução desenvolvida por cada grupo participante será avaliada por um júri de especialistas e poderá culminar em negócios reais fechados com representantes das empresas presentes.

A diretora do Instituto Centro de Capacitação e Apoio ao Empreendedor (Centro Cape), Tânia Machado, explica que “a indústria levantou suas necessidades e os desafios foram lançados. A ideia é tentar transformá-los em negócio”.

Oportunidades

Apesar de ainda não existirem estimativas sobre os valores potenciais movimentados no encontro, os exemplos de startups que encontraram espaço no mercado são apontados como o principal indicador de que negócios de sucesso podem surgir.

"O aplicativo Easy Taxi, que nasceu em uma das edições do Startup Weekend realizada no Rio de Janeiro, é uma empresa avaliada hoje em R$ 1 bilhão. Por aí já é possível imaginar o tamanho das possibilidades”, avalia o CEO da Virturian e organizador do evento, Rafael Costa.

Para conquistar a atenção dos investidores presentes, os grupos vão precisar ser bastante objetivos e convincentes. O gerente de pesquisa e desenvolvimento da Belgo Bekaert, Gláuber Campos, explica que a ideia é adotar imediatamente projetos que se demonstrarem viáveis.

“O cálculo básico leva em conta o quanto a indústria pode ganhar com o projeto e como a ideia pode impactar cada negócio. O que tem sido muito discutido é a economia de água, já que ainda há muita perda e processos não integrados nas empresas”, afirma. Multinacionais do setor automotivo também marcaram presença no evento.