Indústria mineira teme prejuízos com turbulência no mercado Chinês

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
09/07/2015 às 06:37.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:49
 (AFP)

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O temor de uma possível bolha na China acendeu a luz amarela na indústria mineira. Principal parceiro comercial do Brasil e de Minas, o gigante asiático sofre com o derretimento dos índices acionários – só ontem, o tombo da Bolsa de Xangai foi de quase 6%. E o receio é o de que os impactos da situação do mercado financeiro na economia chinesa, já em desaceleração, possam provocar um estrago na economia do Estado, ainda muito dependente da exportação de commodities.

“A cotação do minério de ferro, por exemplo, já caiu a US$ 44 a tonelada. Isso é como um golpe, pois nossa indústria ainda depende muito deste produto. Valores tão baixos são sinônimos de problemas na nossa economia”, afirma o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Júnior.

Surpreendido com o clima de pânico na China, já que até então a preocupação central era com o fantasma de uma saída da Grécia da Zona do Euro, Machado diz que “a única saída é aumentar a produtividade e a competitividade da indústria nacional, mesmo na hora em que o Brasil vive um pesada crise”.

Apesar da adoção de medidas para estimular a economia do país por parte do governo chinês, o índice geral da Bolsa de Xangai caminha rumo ao pior mês de sua história ao acumular perdas de 29% nas três últimas semanas.

Os reflexos são sentidos na Bolsa de Valores de São Paulo. A queda das commodities e as notícias ruins do outro lado do mundo pressionaram para baixo papéis de empresas como Vale, Petrobras e siderúrgicas. O Ibovespa terminou a tarde dessa quarta-feira (8) em baixa de 1,07%, aos 51.781 pontos, menor nível desde março. O dólar também as tensões externas e fechou acima de R$ 3,22.

Para o presidente do Instituto Mineiro de Mercado de Capitais (IMMC), Paulo Ângelo Carvalho de Souza, a bolha artificial criada para sustentar um crescimento superior de 7% ao longo anos na China pode ser só uma especulação. “O problema é que esse é um país muito fechado, onde as informações não são 100% divulgadas, o que só alimenta o cenário de incerteza”, avalia. (Com agências)

25% das exportações mineiras têm como destino a china

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