Inflação bate recorde, mas pequenas mudanças de hábito podem garantir grande economia

André Santos
andre.vieira@hojeemdia.com.br
09/06/2021 às 20:08.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:08
 (Freepik/Divulgação)

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A partir deste mês, a cobrança da tarifa de energia elétrica passa para o pior patamar de cobrança adicional, a chamada bandeira vermelha 2. Nele, há acréscimo de R$ 6,24 a cada 100 kWh consumidos. 

Até o mês passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aplicava a bandeira vermelha 1 – com adicional de R$ 4,16 para cada 100 kWh. Segundo a Aneel, a medida se justifica pelos baixos níveis dos reservatórios das usinas hidroelétricas e a necessidade de ativação das termelétricas, o que aumenta o custo da energia.

Fato é que, com a tarifa mais alta, boa parte dos consumidores já sente o impacto no bolso. É o caso da jornalista Priscila Mendes, que, desempregada há seis meses, viu a conta de luz saltar de R$ 140, em abril, para R$ 245, em maio – aumento de 75%. “Não tivemos nenhum gasto além do normal. Com a bandeira vermelha 2, em junho, não sei como faremos para quitar a próxima conta”, lamenta a jornalista.

Economia 

Com o boleto mais alto e o bolso apertado, é preciso economizar. De acordo com Welhinton Adriano de Castro Silva, engenheiro de eficiência energética da Cemig, é possível diminuir o consumo de energia com atitudes simples como trocar as lâmpadas florescentes pelas de LED - que gastam 50% menos de energia. 

Além disso, deve-se racionalizar o uso da geladeira, do chuveiro elétrico e do ferro de passar. “Tomar banho com o chuveiro na posição Verão garante uma economia de 30% a 40% em relação à posição Inverno, por exemplo. Gerenciar o uso do ferro elétrico, deixando acumular roupas, é outra atitude simples que faz diferença”, explica o engenheiro. 

Dedicar-se a mudar pequenos hábitos também pode ser solução para que as famílias sofram menos com a inflação. Para o consultor financeiro Philipe Amorim, em tempos de alta nos preços e baixa nos salários, é preciso calcular e planejar todos os custos da casa. 

“A gente fica pensando: será que tirar os eletrodomésticos da tomada se justifica? Pois eu garanto que sim. A economia pode ser vista na fatura da luz do mês seguinte. São os pequenos buraquinhos na caixa d’água que a fazem esvaziar. Se você está em um momento financeiro delicado, é preciso rever todas as despesas, contabilizar tudo. Cada centavo faz diferença”, garante Amorim.

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