Inflação é maior em outubro para famílias de menor renda, diz Ipea

Agência Brasil
12/11/2021 às 15:42.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:14
 (Freepik/Divulgação)

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O estudo Indicador de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nesta sexta-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostrou aceleração da taxa de inflação para todas as faixas de renda de outubro deste ano, sendo maior para famílias de menor renda pelo sétimo mês consecutivo. Para essa parcela da população, a taxa de 1,35% ficou 0,15 ponto percentual acima da taxa das famílias de maior renda (1,2%). Em outubro do ano passado, as taxas apuradas foram de 0,98% para as famílias de renda mais baixa e 0,82% para as famílias de renda mais alta.

No mês, o grupo que mais contribuiu para a alta inflacionária das famílias dos três segmentos de renda mais baixa foi habitação, com aumentos de 1,1% dos reparos no domicílio e de 0,95% dos artigos de limpeza. Sobre essas famílias recaíram ainda reajustes de 1,2% das tarifas de energia elétrica, 3,7% do gás de botijão e 0,9% do aluguel.

O segundo segmento que mais afetou a inflação das famílias de menor renda foi o de alimentos e bebidas, gerado pelo aumento dos alimentos no domicílio, especialmente a batata (16%), açúcar (6,4%), café (4,6%) e aves e ovos (3,2%), além do incremento de 0,91% dos produtos farmacêuticos. Em contrapartida, caíram os preços do arroz (-1,4%), feijão (-1,9%) e carnes (-0,04%).

Para as três faixas de renda mais alta, o maior impacto foi do grupo de transportes, a exemplo do que ocorreu em setembro. A alta inflacionária desse segmento foi influenciada pelos reajustes de 3,1% da gasolina, de 33,9% das passagens aéreas e de 19,9% dos transportes por aplicativo. Segundo o Ipea, além das altas dos grupos alimentação e habitação, o grupo despesas pessoais, influenciado pelo aumento dos serviços ligados à recreação, começa a impactar mais fortemente a inflação para as famílias das faixas de renda mais elevadas.

No ano

Segundo o estudo do Ipea, a maior pressão inflacionária observada de janeiro a outubro de 2021 ocorreu nas faixas de renda média-baixa e muito baixa, com altas de 8,59% e 8,57%, respectivamente. Para os mais ricos, a taxa ficou menor, da ordem de 7,50%.

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