Inovar é a palavra de ordem para enfrentar a crise

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
21/10/2015 às 07:05.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:09
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

Frente à crise, a solução é inovar. E parece que será justamente essa saída a principal responsável pelo bom desempenho do 29º Congresso e Feira Supermercadista e da Panificação (Superminas 2015), que começou nessa terça (20), no Expominas, e vai até nesta quinta (22). Com mais expositores do que no passado, a maioria lançando produtos, a previsão é movimentar R$ 1,2 bilhão durante o evento – R$ 100 milhões a mais que o registrado em 2014.

“As pessoas veem na feira uma possibilidade de fazer novos negócios com novos produtos. Além disso, se o comerciante pode comprar pouca coisa, é bem provável que ele leve alguma novidade para testar”, afirma o gerente da Associação Mineira da Indústria Supermercadista (Amis), Giovanni Peres.

A expectativa é a de que 52 mil pessoas visitem o Superminas – em 2014 foram 50 mil. O número de estandes também é maior neste ano: 425 contra 405. “Acompanho este evento há anos, e posso garantir que o público está diferente. Os donos vieram conferir de perto as novidades”, afirma Peres.

O gerente comercial da empresa especialista em bebidas e acessórios Três, Giovanni Pereira, concorda que inovar é a solução. Segundo ele, em 2014 a empresa faturou durante o Superminas 15% a mais do que era previsto. A estimativa para este ano é manter a marca. Para alcançar a meta, a Três apresenta no evento uma nova máquina de café monodose (de cápsulas) e dois sabores de achocolatado e chá, também em cápsulas.

Ele ressalta que os consumidores são ávidos por novidades. “Nossas máquinas fazem vários tipos de bebidas. Também nos preocupamos com o design moderno, pois elas fazem partem da decoração”, ressalta. Como reflexo, ele espera que as vendas da companhia em 2015 sejam 5% maiores do que no ano passado.

2015 estacionado

Apesar de as previsões para a feira serem de crescimento, o setor supermercadista deve manter, em 2015, as vendas de 2014, conforme avaliação do presidente da Amis, Alexandre Poni. O cenário econômico, ainda de acordo com ele, é agravado pela crise política desencadeada no país. “É como se para manter o poder pudesse tudo. Do outro lado, para chegar ao poder, pode passar por cima de todos”, criticou.

Sobre o aumento do ICMS da iluminação de 18% para 25% para o setor comercial a partir de 1º de janeiro, o representante da entidade foi taxativo. “Qualquer aumento neste cenário é prejudicial”. Ele ressaltou que o reajuste será repassado. “As pessoas não deixam de comprar, mas elas acabam levando os mais baratos, impactando no faturamento”, frisou.

 "O setor supermercadista aguarda a solução de entraves, como a simplificação tributária. Hoje, os recursos que poderiam ser alocados em mão de obra e inovação pagam impostos” (Alexandre Poni - Presidente da Amis)

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