O Itaú Unibanco assumiu o controle da empresa de meios de pagamento Redecard em uma oferta nesta segunda-feira (24), protegendo uma importante fonte de receitas no maior banco privado do Brasil do impacto das taxas de juros mais baixas e desaceleração no crescimento do crédito.
Os acionistas minoritários, que detinham 49,9% da Redecard, venderam quase 299 milhões de ações na oferta, informou a BM&FBovespa em um comunicado. O Itaú vai pagar R$ 10,46 bilhões, tornando a transação a maior compra feita no Brasil neste ano.
A compra da Redecard vai ajudar a impulsionar um segmento que responde por 7% do lucro anual do Itaú e é uma importante fonte de receitas de serviços.
Além de ser capaz de oferecer serviços bancários e serviços integrados de processamento de cartão para os varejistas, o Itaú vai usar a Redecard para obter participação de mercado de concorrentes em um setor de US$ 400 bilhões, segundo analistas.
"O acordo faz sentido para ambos - para o modelo Itaú de negócios e para a posição competitiva da Redecard", disse Francisco Kops, analista da JSafra Corretora.
O Itaú tinha planejado tirar a Redecard da bolsa se a compra fosse bem-sucedida. A aquisição deixa a Cielo, a maior empresa de meios de pagamento do Brasil, como a única empresa do setor listada no Brasil.
"A integração da infraestrutura entre o banco e a credenciadora nos permitirá realizar uma oferta combinada de produtos bancários e serviço de adquirência", disse, em comunicado, Marcio Schettini, vice- presidente executivo do Itaú Unibanco responsável pela área de cartões.
Segundo Schettini, o banco agora espera ter uma participação mais ativa e direta, não apenas no mercado de aquisição de cartão de crédito, mas em todo o mercado de pagamentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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