SÃO PAULO - O Itaú Unibanco, maior banco privado do país, registrou lucro líquido de R$ 3,995 bilhões no terceiro trimestre deste ano, valor 18,5% superior ao apurado no mesmo período do ano passado. O lucro líquido recorrente, que exclui ganhos e perdas extraordinários, ficou em R$ 4,022 bilhões -17,9% superior ao ano passado- e superou as expectativas dos analistas, que previam um ganho de R$ 3,78 bilhões nesse critério. O resultado no período foi beneficiado pela queda na inadimplência. O índice das operações vencidas há mais de 90 dias recuou para 3,9%, ante os 4,2% registrados nos três meses anteriores. Em igual período do ano passado, o indicador estava em 5,1%. O indicador dos três meses encerrados em setembro marca o quinto trimestre seguido de retração e é o menor já registrado desde a fusão entre Itaú e Unibanco. Com isso, o banco diminuiu as despesas com os recursos destinados a cobrir perdas com clientes em atraso, a chamada provisão para devedores duvidosos. A cifra reservada no período, de R$ 4,53 bilhões, é 7,6% inferior ao segundo trimestre. Em movimento contrário na comparação com o ano passado, a margem financeira do banco diminuiu, o que impediu um desempenho ainda melhor do lucro. A margem financeira gerencial ficou em R$ 11,8 bilhões de julho a setembro, ante R$ 12,81 bilhões no mesmo período do ano passado. A diferença entre os dois períodos representa uma queda de 7,6%. O Itaú é o terceiro banco a divulgar resultado no terceiro trimestre. O Bradesco, que abriu a safra de balanços na semana passada, registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,082 bilhões, alta de 6,5% superior ao mesmo período do ano passado. Na quinta-feira, foi a vez do Santander de divulgar o resultado do terceiro trimestre. O banco reportou um lucro ajustado de R$ 1,407 bilhão, uma queda de 6,3% em relação ao mesmo período do ano passado.