O governo japonês elevou sua avaliação sobre a economia doméstica em janeiro, pela primeira vez em oito meses. A ação indica um sinal de que a economia estagnada do país pode estar se recuperando. O relatório mensal, divulgado hoje, mostrou que, enquanto a economia manteve-se em uma "fase deflacionária suave", algumas áreas, incluindo a produção industrial e o consumo privado, mostraram sinais de melhora.
"Embora a economia japonesa tenha mostrado fraqueza recentemente, devido à desaceleração da economia mundial, sinais de recuperação podem ser visto em algumas áreas", disse o relatório. O governo acrescentou que, embora a enfraquecimento permaneça por enquanto, uma recuperação deve continuar, sustentada por melhorias em exportações e pelo pacote de estímulo aprovado recentemente.
Na terça-feira, o gabinete do primeiro-ministro Shinzo Abe aprovou o segundo maior orçamento suplementar do país, equivalente a 13,1 trilhões de ienes (US$ 148 bilhões) para financiar um pacote de estímulo para a retomada do crescimento econômico.
Os pedidos de Abe por relaxamento agressivo da política monetária e por um iene mais fraco também têm feito a moeda se desvalorizar acentuadamente, processo que pode ajudar muitos dos exportadores japoneses. O iene caiu cerca de 11% em relação ao dólar nos últimos dois meses.
"A correção do iene fortalecido que temos visto desde meados de novembro, as medidas de estímulo econômico e uma certa solidez observada nas economias no exterior foram considerados como fatores de melhoria das condições de exportação", disse o governo a repórteres. O relatório afirmou que as expectativas para a recuperação econômica ajudaram a corrigir o fortalecimento excessivo de ienes e iniciaram uma recuperação nos preços das ações.
Segundo o relatório, o governo espera que o BoJ avance com um ousado relaxamento de política monetária para atingir a meta de 2% de inflação "o mais rápido possível". O documento alertou, no entanto, que a desaceleração nas economias no exterior ainda é um risco. Além disso, deve-se prestar atenção às condições de emprego, renda e os efeitos adversos de deflação na economia. As informações são da Dow Jones.
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