Japão planeja estímulos para compensar alta de imposto

Agencia Estado
02/09/2013 às 11:09.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:33

O governo do Japão planeja lançar mais estímulos no próximo ano, como forma de contrabalançar os possíveis prejuízos aos gastos dos consumidores causados pela elevação do imposto sobre vendas, prevista para abril. Diante disso, os integrantes do Banco do Japão (BoJ) também podem enfrentar pressão para afrouxar mais a política monetária para ajudar a lidar com o impacto do aumento do imposto.

O presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, disse repetidas vezes que a elevação do imposto sobre vendas de 5% para 8% em abril de 2014 não vai prejudicar a incipiente recuperação da economia do país nem dificultar o objetivo de atingir uma inflação anual estável de 2,0% dentro de dois anos.

Essa visão é amplamente compartilhada pelas autoridades do BoJ, mas também existem dentro do banco central alguns receios de que a atividade corporativa e os gastos dos consumidores serão restringidos, como foi visto na deterioração da economia do Japão em 1997 quando o imposto sobre consumo foi elevado de 3% para 5%.

O governo planeja implementar medidas de estímulo fiscal para evitar que a economia saia dos trilhos e fique difícil dar fim aos vários anos de deflação que assolam o país. E, segundo fontes ouvidas pela Market News International, o governo quer que o BoJ também tome medidas nessa direção.

"A diretoria (do BoJ) decidiu usar a política monetária para elevar as expectativas de inflação. Os formadores de política devem considerar uma intensificação da política de relaxamento se julgarem que a política atual não é suficiente para se atingir a meta de inflação", afirmou uma pessoa ligada ao BoJ. A fonte acrescentou que o banco central japonês pode enfrentar essa escolha já em janeiro e não somente em abril como esperado.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, tomará uma decisão final sobre a viabilidade da planejada elevação do imposto sobre vendas no dia 4 de outubro, antes da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico. Fonte: Market News International.
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