A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, defendeu as política de crise do Banco Central Europeu (BCE) em uma entrevista a um jornal alemão publicada nesta quarta-feira.
Sem o comprometimento do presidente do BCE, Mario Draghi, de comprar quantidades ilimitadas de bônus do governo, caso necessário, "haveria hoje um estagnação geral na zona do euro, um desemprego maior e tensões sociais ainda maiores", disse Lagarde ao diário alemão Sueddeutsche Zeitung.
O anúncio do BCE sobre o programa Transações Monetárias Completas (OMT) de compra de bônus foi um momento decisivo, afirmou Lagarde. "Circunstâncias excepcionais pedem medidas excepcionais."
"O programa OMT evitou uma catástrofe e ajudou a tornar a política monetária mais eficaz novamente", declarou a diretora-gerente.
Desde terça-feira, o Tribunal Constitucional da Alemanha está conduzindo uma audiência de dois dias sobre o programa OMT e o mecanismo permanente de resgate da zona do euro, Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês).
Na atual crise econômica e financeira mundial, é principalmente "a coragem da política monetária que está abrindo caminho para a recuperação", afirmou Lagarde. Enquanto a ação atual dos bancos centrais traz alguns riscos, por exemplo em relação à inflação, estes são controláveis, argumentou.
Uma vez superada a crise, a política monetária tem de mudar novamente, disse a diretora-gerente do FMI. "Mas esse dia ainda não chegou", ressaltou. "Ao contrário: a saída prematura poderia destruir a confiança de novo e os países com elevada dívida teriam novamente de lutar contra o risco de ter de deixar a união monetária", alertou. Fonte: Market News International.
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