Relevante para faturamento da indústria brasileira Participação norte-americana é , mas PIB norte-americano será o mais afetado
Prevista para entrar em vigor a partir de 1º de agosto, a sobretaxa de 50% imposta pelo governo norte-americano às exportações brasileiras terão impacto negativo maior para os Estados Unidos do que para a economia brasileira. Outros parceiros comerciais também já sofrem ou estão na mira das sanções estabelecidas pelo presidente Donald Trump, o que potencializa o estrago, aponta levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)
O estudo estima que o tarifaço pode reduzir em 0,16% o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e da China, além de provocar uma queda de 0,12% na economia global e uma retração de 2,1% no comércio mundial (US$ 483 bilhões). No entanto, mostra que as medidas da Casa Branca - que afetam mais 14 países, devem encolher 0,37% o PIB americano.
A projeção foi feita a partir de fontes oficiais e estudos econômicos do IBGE, do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e Universidade Federal de Minas Gerais, e traça um panorama das relações comerciais Brasil-EUA.
“Os números mostram que esta política é um perde-perde para todos, mas principalmente para os americanos. A indústria brasileira tem nos EUA seu principal mercado, por isso a situação é tão preocupante. É do interesse de todos avançar nas negociações e sensibilizar o governo americano da complementariedade das nossas relações. A racionalidade deve prevalecer”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Estados brasileiros mais afetados (PIB)
Raio-X Brasil e Estados Unidos