Jéssica Mourão, gerente de loja de lingerie Jogê, renovou o estoque e mudou a coleção na expectativa de um bom movimento por conta do Dia das Mães (Fernando Michel)
A expectativa do comércio mineiro para as vendas no primeiro Dia das Mães após o fim da emergência de saúde está em alta. Segundo levantamento realizado pela Fecomércio-MG, 85,9% dos lojistas pesquisados esperam vender mais este ano que no ano passado. “O movimento de vendas é relevante. No ano passado foram movimentados cerca de R$1,13 bilhão, pelo comércio, no período que abrange o Dia das Mães”, afirmou Gabriela Martins, economista da Fecomércio-MG.
Comemorado neste ano em 8 de maio, o Dia das Mães é considerado a segunda melhor data para o comércio varejista, atrás somente do Natal. Por isso, o aumento nas vendas é aguardado com ansiedade pelos comerciantes. Além de girar as mercadorias, a data também cria oportunidades de trabalho. “É uma oportunidade para quem busca emprego. A pesquisa mostra que 9,8% das empresas pretendem contratar trabalhadores temporários para o período”, contou a economista.
A maior parte dos comerciantes ouvidos (53,9%) atribui a expectativa de melhor desempenho neste ano ao valor afetivo que as pessoas atribuem à data, somado ao fim das restrições provocadas pela Covid-19. Esse é o caso de Jéssica Mourão, gerente da Jogê, loja de lingeries e pijamas no Pátio Savassi, na região Centro-sul de Belo Horizonte. Ela conta que já renovou os estoques e mudou a coleção na expectativa de um bom movimento no Dia das Mães. “Ano passado a pandemia estava no auge das variantes e muitas pessoas ainda tinham receio de sair de ter contato com o público, especialmente o nosso público, que é de mulheres e terceira idade”, explicou.
De acordo com a Fecomércio-MG, a data gera impacto em 61,3% das empresas de comércio varejista do Estado. O setor de vestuário e calçados ficou com a segunda colocação entre os mais impactados pelo Dia das Mães, com 75,2% dos comerciantes dizendo que a data é positiva.
De acordo com a pesquisa, entre os empresários ouvidos, o setor com maior expectativa de bons resultados é o de livrarias, jornais, revistas e papelarias, com 80% dos comerciantes dizendo que a data muda a curva de vendas.
Alencar Perdigão, proprietário da livraria Quixote, na Savassi, disse que a data é o “segundo Natal” para seu ramo de negócios. “Nossa aposta é no diferencial do atendimento e nas indicações dos livreiros aos clientes para concorrer com as grandes redes de comércio eletrônico”, disse.
Promoções
Entre os comerciantes ouvidos pela pesquisa, 88% acreditam que os consumidores irão deixar as compras para a última semana antes do Dia das Mães, e 44,2% disseram que irão realizar promoções especiais para atrair estes consumidores. Juliana Trindade, gerente de marketing do Shopping Del Rey, na região da Pampulha, conta que serão realizadas ações especiais dos lojistas para atrair compradores. “Acreditamos que a retomada do público e o sentimento de segurança vão contribuir para nos aproximar do resultado de 2019”, disse.
De acordo com Marcela Castro, gerente de marketing do Shopping Cidade, a expectativa é de aumento no movimento dos anos anteriores. “Prevemos um crescimento de 15% em relação à data no ano passado, no que diz respeito à expectativa no aumento das vendas; já em relação à circulação dos clientes pelos corredores do mall, estimamos superar em 20% a marca do ano passado”, afirmou.