Lucro da Usiminas no primeiro trimestre é o maior desde 2010

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
25/04/2014 às 07:22.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:17
 (DANIEL MANSUR/USIMINAS/divulgação)

(DANIEL MANSUR/USIMINAS/divulgação)

Lenta e gradual. Assim o presidente da Usiminas, Julián Eguren, definiu como seria o processo de recuperação da companhia, que no momento de sua posse, em janeiro de 2012, atravessava uma crise de grandes dimensões, e acumulou seguidos resultados negativos em seus demonstrativos financeiros. O resultado do balanço do primeiro trimestre de 2014, publicado na última quinta-feira (24), com o terceiro lucro líquido trimestral positivo consecutivo, de R$ 222 milhões, indica que a política de “fechar as torneiras” parece ter recolocado a usina no caminho certo.

O resultado foi o maior da companhia desde o primeiro trimestre de 2010, quando registrou lucro líquido de R$ 309 milhões.

Os investimentos em mineração começaram a aparecer no resultado financeiro, compensando um cenário ainda adverso para o aço. Um dos principais indicadores deteriorados – a margem de lucro – voltou a crescer.

No negócio mineração, a receita foi de R$ 345,6 milhões, um salto de 39,4%, impulsionada basicamente pelo aumento de 31,1% no volume vendido, que totalizou 1,7 milhão de toneladas. Na siderurgia os maiores preços praticados compensaram a redução de 9,7% das vendas.

O Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização Ajustado (Ebitda) mais do que dobrou entre o primeiro trimestre do ano passado e igual período de 2014, atingindo R$ 655,4 milhões, ajudado pelo ganho de 10,1 pontos percentuais na margem bruta e pela redução em 18,1% das despesas operacionais. A margem Ebitda, no mesmo intervalo, saiu de 9% para 21%.

Ações caem

Após a divulgação do resultado, os papéis da Usiminas cederam 5,58%.

O analista Victor Penna, do BB Investimentos, considerou o resultado positivo, mas chamou atenção para a venda de energia, que, por mais que gere ganhos adicionais no curto prazo, ratifica a ociosidade da capacidade instalada da companhia.

“O desempenho ainda deverá ser mais fraco no segundo trimestre com a redução no ritmo de produção das montadoras em função dos feriados e Copa do Mundo”, afirmou. Kátia Freitas, analista da Concórdia Corretora de Valores, também considerou o resultado favorável, mas indicou que se a recuperação mostrou estar em curso, ainda há o que fazer, sobretudo pelo cenário adverso da economia. “Temos que observar se os ganhos de eficiência operacional serão suficientes para mitigar os efeitos da desaceleração da economia”, afirmou em relatório. 

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