Mantega mostra otimismo após reunião do FMI

Ricardo Leopoldo, enviado especial - Agência Estado
13/10/2012 às 20:45.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:12
 (Antonio Cruz/ABR)

(Antonio Cruz/ABR)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que saiu da reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) realizada em Tóquio mais otimista do que quando chegou. No encontro do Comitê Financeiro e Monetário Internacional do FMI, um dos eventos mais importantes da reunião do Fundo, o ministro afirmou que os líderes da economia mundial precisam agir e adotar medidas para que o nível de atividade global se recupere logo.

"O que eu disse é que nós temos que escolher qual é o caminho que queremos trilhar para saber se vamos ter uma crise de longo prazo ou mais curta que poderemos enfrentar. E que isso dependia de mudar a atitude em relação à política fiscal e apressar as medidas nas áreas monetária e financeira", disse.

Segundo ele, os europeus são um pouco mais resistentes, mas "ouviram os recados e estão sofrendo na pele também". "Mesmo os países mais fortes, como a Alemanha, terão uma redução do crescimento econômico neste ano. Então quando começa a pegar na pele passa a reagir", afirmou.

Segundo Mantega, os líderes econômicos de outros países e instituições internacionais que participaram do encontro avaliaram que houve uma melhora das condições do nível de atividade mundial desde a última reunião do Fundo realizada em abril, devido a algumas ações que foram adotadas especialmente na zona do euro.

"Mas na minha opinião essa melhora não se traduziu em resultado concreto e o que vimos foi uma deterioração da situação econômica com o crescimento mais baixo dos países europeus", disse o ministro. "Apenas os EUA melhoraram um pouquinho, houve um início de reação no mercado imobiliário, com um crescimento melhor. Porém, há a ameaça do chamado fiscal Cliff, o abismo fiscal que eles têm pela frente, que poderá comprometer o futuro da economia americana", ponderou.

O ministro da Fazenda ressaltou também que os países em desenvolvimento foram atingidos pela desaceleração da economia global pior do que o esperado há seis meses. "Os emergentes também foram afetados principalmente pela contração do comércio internacional", destacou. Segundo ele, o comércio global deve avançar apenas 3,5% em 2012, ante taxas de 10% a 15% de incremento apuradas nos últimos anos.
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