Matérias-primas recuam no IGP-M puxadas por commodities

Wladimir D'Andrade
30/10/2012 às 09:12.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:41

As commodities foram as principais responsáveis pela queda de 1,24% na taxa das matérias primas brutas, dentro do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de outubro, informou nesta terça-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A soja em grão registrou recuo de 6,50% neste mês após marcar alta de 4,70% em setembro, enquanto o milho em grão passou de avanço de 0,11% para recuo de 3,87% no período. O minério de ferro ampliou a queda de preços, para -5,91% em outubro ante um recuo de 3,91% na leitura anterior.

Ainda dentro do estágio inicial de produção, café em grão (de -3,65% para 1,14%), mandioca (de 10,07% para 16,94%) e laranja (de 5,41% para 14,67%) apresentaram aceleração de preços em outubro ante setembro, mas sem força suficiente para compensar os recuos da soja, do milho e do minério de ferro. Os preços dos bens finais e intermediários apresentaram desaceleração em outubro, permanecendo, ainda, em terreno positivo.

A inflação dos bens finais (de 0,99% para 0,07%) foi influenciado pelo subgrupo alimentos processados, cuja taxa de variação passou de 3,34% em setembro para 0,74% no mês seguinte. Ao excluir os subgrupos alimentos in natura e combustíveis (Bens Finais ex), a FGV registrou variação de 0,35%, ante 1,17% em setembro.

Entre os bens intermediários, cuja taxa desacelerou de 0,90% em setembro para 0,41% em outubro, o destaque ficou para o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que passou de 1,04% para 0,20% no período. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,37% em outubro, ante 0,91%, em setembro.
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