(AFP)
A rede de fast-food McDonald's decidiu suspender uma página na internet para seus funcionários nos Estados Unidos que foi ridicularizada por aqueles que defendem o aumento do salário mínimo, anunciou o grupo nesta sexta-feira.
Chamado de "McResource" e administrado por uma empresa terceirizada, o site oferecia aos funcionários da rede de restaurantes informações sobre seu trabalho e conselhos gerais sobre a gestão do estresse e da vida cotidiana.
"Uma combinação de fatores nos levou a reexaminar a situação e pedimos à empresa terceirizada que encerrasse a página da internet", afirmou Lisa MComb, porta-voz da McDonald's nos Estados Unidos em um e-mail.
O site tinha atraído a atenção do coletivo "Low Pay Is Not Ok" ("Salário baixo não está certo", em tradução livre) que milita pelo aumento do salário mínimo e participa de um movimento de greve recente no setor de comida rápida nos Estados Unidos.
Em um vídeo publicado no YouTube e que contava com mais de 300.000 visitas esta sexta-feira, o grupo ironizava certos conselhos oferecidos pelo McDonald's a seus funcionários que recebem um salário próximo ao mínimo legal (7,25 dólares a hora) e são, para alguns, elegíveis a solicitar ajuda alimentar do Estado.
"Arrume as malas. Pelo menos dois períodos de férias ao ano podem reduzir o risco cardíaco em 50%", dizia o monitor.
Os funcionários também foram convidados a "parar de reclamar" por causa do nível de "estresse hormonal" que aumentaria em 15% depois de passar dez minutos reclamando, na paródia da página.