Mercado aposta em etanol mais barato a partir de junho de 2013

Iracema Barreto - Do Hoje em Dia
31/12/2012 às 07:36.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:11
 (Lucas Prates/Arquivo Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Arquivo Hoje em Dia)

  O Brasil já foi garoto-propaganda do álcool-combustível, sobretudo no início do segundo mandato do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2007), mas, desde 2009, uma crise assombra a cadeia produtiva e deixa milhões de consumidores sem opção vantajosa na hora de abastecer o veículo.   O setor sucroalcooleiro, no entanto, aposta em novos ventos a partir de junho de 2013. A expectativa é a diminuição dos preços e o consequente aumento do consumo.   Uma das razões para o otimismo em tempos de muitas queixas de produtores e distribuidores é a promessa do governo federal de elevar a mistura do biocombustível de cana-de-açúcar na gasolina para 25%, ante os atuais 20%, até o fim de junho do próximo ano. “Já temos a garantia do governo”, diz Mário Campos, secretário-executivo da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig).    O novo percentual ajudaria a indústria a compensar os custos de produção e as perdas acumuladas nos últimos anos, o que permitiria o repasse do ganho para o consumidor final, nas bombas.    Frota flex   Outro motivo de otimismo, para longo prazo, é a previsão de explosão da frota de carros flex no país até 2020. “Temos 53% da frota de veículos leves equipada com tecnologia flex. Isso dá poder de decisão sem precedentes ao consumidor”, pondera Adhemar Altieri, diretor de Comunicação Corporativa da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica). “Acreditamos que, até 2020, cerca de 81% da frota será flex no Brasil, mas para que haja aumento do consumo de etanol o governo precisa parar de estimular tanto o consumo de gasolina”.    Para manter a inflação sob controle, o governo federal vem mantendo mais baixo o preço da gasolina nos últimos anos, tornando o biocombustível menos competitivo. Revendedores esperam aumento de 10% em 2013 para resolver o déficit da Petrobras, o que pode deixar o etanol mais atrativo.   Leia mais sobre a política de incentivo na Edição Digital

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