Mercado de arte cresceu 44% nos últimos dois anos

Jeanette Santos - Do Hoje em Dia
25/11/2012 às 11:27.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:35
 (Maurício de Souza)

(Maurício de Souza)

De olho no resultado financeiro no médio e longo prazos ou movido apenas pelo fascíno da beleza plástica, um número cada vez maior de pessoas tem investido em obras de arte, mantendo o mercado aquecido em Minas Gerais. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Arte Contemporânea (Abac), nos últimos dois anos o volume de negócios cresceu 44% no país.

A rentabilidade, dizem os críticos e curadores, é garantida. Ninguém, no entanto, se arrisca a estabelecer prazos e valores. Ativo financeiro, quadros, esculturas e gravuras, aos olhos de quem as adquire, costumam se revestir também de valor estético e afetivo.
 
Sem dados precisos - as galerias não divulgam vendas nem receitas - os leilões, feiras e exposições funcionam como termômetro. Na capital, donos de galerias e promotores de leilões não escondem a satisfação com o aumento das vendas e a mudança no perfil dos compradores e colecionadores. “Antes, o interesse dos investidores começava por volta dos 50 anos. Hoje, profissionais liberais que estão entrando na faixa dos 30 anos são potenciais compradores”, comenta Errol Flyn Júnior, dono da galeria que também leva o seu nome.

Artistas promissores

Na decisão de adquirir uma obra de arte, pondera Beatriz Abi-Ackel, com a experiência de quem atua no mercado desde 1999, por mais que haja o desejo de compor a decoração da casa ou do escritório, pesa a garantia de valorização. “Quem não tem capital para investir em um artista consagrado e quer investir em arte, deve procurar conhecer os nomes mais promissores e avaliar as tendências antes de apostar”, ensina Lucienne Amantéa Ferreira à frente da Galeria de Arte Palácio dos Leilões.

Para quem vê obra de arte apenas como investimento, a aposta no negócio requer tempo e caixa. Mesmo valorizada pela ascenção do autor no mercado, a conversão de uma obra de arte em dinheiro, demora, em média, duas semanas. A oferta, explica Beatriz Abi-Ackel, segue uma espécie de tabela do próprio mercado. E na urgência, como em todo negócio, impera a oportunidade. E mais, as galerias costumam embolsar metade do valor da venda.

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