Mercado imobiliário esfria e revê projeções

Estadão Conteúdo
21/07/2014 às 08:44.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:27
 (Hoje em Dia)

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Os negócios na construção civil estão mais lentos do que o esperado por empresários, que passaram a rever suas estimativas de crescimento para 2014. Os problemas no setor provêm principalmente do desempenho fraco da economia brasileira e do calendário marcado por datas que desviam a atenção de consumidores, como o carnaval tardio (realizado em março), a Copa do Mundo e as eleições.
Na cidade de São Paulo, maior mercado imobiliário do país, as vendas de imóveis residenciais novos acumuladas entre janeiro e maio foram de 7.982 unidades, 41,4% inferiores ao mesmo período do ano passado. No período, os lançamentos chegaram a 8.947 unidades, recuo de 14,0%. Esses resultados estão abaixo da expectativa inicial do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), que esperava que as vendas e lançamentos em 2014 ficassem estáveis ante 2013.

“Os números estão muito abaixo do que esperávamos. A chance de ter que rever um pouco pra baixo nossas projeções no ano é real”, afirmou o presidente do Secovi-SP, Cláudio Bernardes.

Preços
De acordo com a pesquisa FipeZap, o preço das moradias na cidade de São Paulo acumula alta de 4,41% no primeiro semestre. O índice é quase um terço do verificado nos últimos 12 meses, quando bateu os 12,3%, mostrando forte desaceleração.
“Uma boa parte da culpa pelo desaquecimento do mercado imobiliário está mesmo na atividade mais fraca da economia brasileira de um modo generalizado”, afirmou o coordenador da pesquisa FipeZap, Eduardo Zylberstajn.
Conforme dados do Banco Central, a taxa média de juros do financiamento imobiliário passou de 7,84% ao ano em maio de 2013 para 9,52% ao ano em maio de 2014.

Cortes
Em maio, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) baixou de 4,5% para 3,0% sua estimativa de alta no faturamento em 2014. E os próximos meses ainda preocupam.

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