Metade de metalúrgicos da CUT-SP consegue aumento

Beatriz Bulla
28/09/2012 às 14:27.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:39

Cerca de 130 mil metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que estão em campanha salarial no Estado de São Paulo conseguiram reajuste de 8%, com ganho real de 2,5%. O número representa 65% do total de cerca de 201 mil trabalhadores paulistas em campanha atualmente. O levantamento foi feito pela Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos (FEM-CUT/SP).

Até agora, dos seis grupos patronais que negociam com a FEM, apenas o da fundição, que tem cerca de 4 mil funcionários na base, atendeu a reivindicação da categoria e fechou acordo válido para todo o Estado.

Apesar dos demais setores ainda não terem fechado acordo conjunto, 399 empresas procuraram os sindicatos regionais, isoladamente, para evitar a paralisação das fábricas e ofereceram aumento de 8% aos trabalhadores. Esse fato, de acordo com a FEM, faz com que se chegue ao número de 130 mil metalúrgicos que já tiveram as reivindicações atendidas.

No ABC paulista, 185 empresas atenderam a reivindicação dos trabalhadores. Em Sorocaba, o número é de 70 empresas, assim como em Itu. Os sindicatos de Taubaté e de Bauru fecharam acordo com 39 e 35 empresas, respectivamente. Os números são atualizados pela FEM-CUT diariamente. Em outras regiões, empresas de grande porte atenderam a reivindicação de 8% de aumento, como a Tecumseh e a Electrolux, em São Carlos, e a IESA, em Araraquara, que somam cerca de 6 mil funcionários.

As negociações com as bancadas patronais dos grupos 2 (máquinas e eletrônicos), 3 (autopeças, parafusos e forjaria), 8 (trefilação, refrigeração e outros), 10 (lâmpadas e outros) e estamparia continuam.

A orientação da FEM-CUT é que os metalúrgicos prossigam com paralisações, protestos e assembleias pulverizadas pelo Estado nas empresas que ainda não atenderam a reivindicação dos funcionários. "Ainda não tivemos retorno das bancadas patronais, mas já orientamos os nossos sindicatos a intensificarem as mobilizações nas portas das fábricas", disse, em nota, o presidente da FEM-CUT, Valmir Marques, o Biro Biro.
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