Minas e EUA terão agenda conjunta para relações comerciais

A instalação do consulado norte-americano em Belo Horizonte, oficializado na última quinta-feira com a assinatura do contrato de locação do imóvel no bairro Santa Lúcia– é apenas o primeiro passo no processo de estreitamento das relações comerciais entre Minas Gerais e Estados Unidos.

O próximo será a elaboração de uma agenda com os principais temas a serem discutidos entre o empresariado mineiro e as indústrias da terra do Tio Sam, adiantou a embaixadora Liliana Ayalde, durante visita, na última sexta-feira (14), à Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

“Realmente não entendo porque nós não tínhamos uma presença mais forte aqui antes, tendo em vista todos os dados da importância de Minas para a economia brasileira. Mas, agora, felizmente poderemos celebrar isso”, disse Liliana.

Segundo ela, o crescente interesse das empresas brasileiras em investir nos EUA tem sido visto com bons olhos; já o decréscimo no número de companhias norte-americanas no Estado será apurado com mais afinco – atualmente, existem cerca de 40.

“Temos que levantar as razões, se é que elas são desconhecidas, para não termos as parcerias que poderíamos. Algumas áreas são realmente mais difíceis, a exemplo dos aeroportos, porque os sistemas são diferentes. Mas temos muito espaço e o compromisso de compartilhar informações”, afirmou a embaixadora.

De acordo com o presidente da Fiemg, Olavo Machado Júnior, a aposta do setor é a de fortalecer o diálogo comercial por meio da tecnologia, principalmente, depois da nova “Farm Bill”, lei agrícola que reduziu os subsídios diretos aos produtores aprovada pelo presidente Barack Obama na última semana.

“É claro que essa área é muito sensível, cheia de regras, controles e restrições, mas eu acredito no seguinte: por meio da tecnologia, a argumentação diminui. Temos apostado muito que esse tipo de parceria será um facilitador para os negócios”, disse Machado Júnior.