Mineração lidera investimentos de R$ 18 bi em Minas

Minas Gerais deve encerrar 2012 com uma previsão de aportes da ordem de R$ 18 bilhões, segundo 158 protocolos de intenções assinados entre empresas de diversos setores e o governo do Estado. O balanço foi divulgado ontem pela secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck. De janeiro a novembro, os investimentos somam R$ 17,4 bilhões, com a criação de 66.379 empregos (26.821 diretos e 39.558 indiretos).

Entre os projetos estratégicos, destaca-se a fábrica de semicondutores Six, em obras em Ribeirão das Neves, sob aporte de R$ 1 bilhão. “Além de ser um empreendimento com tecnologia de ponta, ele explora as potencialidades de Minas, uma vez que usará o quartzo mineiro em seu processo produtivo”, observou o subsecretário de Política Mineral e Energética, Paulo Sérgio Machado Ribeiro.

A mineração ainda é, com folga, o segmento da economia que mais atrai recursos. Neste período, foram R$ 8,2 bilhões, resultado de sete protocolos de intenção, quase a metade de tudo o que foi alocado em Minas.

Na sequência, o setor que se destaca de forma mais positiva é alimentos, bebidas, fumo e agronegócio, com R$ 3,748 bilhões.

A região Central é a que mais receberá recursos. Os 56 protocolos assinados para aportes na região preveem R$ 8,474 bilhões. O Norte de Minas receberá R$ 2,014 bilhões a partir de cinco protocolos assinados e a região Noroeste, R$ 1,6 bilhão.

Aeroporto Indústria

O subsecretário de Desenvolvimento Estratégico da Sede, Luiz Antônio Athayde, informou que o edital de licitação para o aeroporto indústria será publicado ainda este ano.

Essa será a terceira tentativa do governo mineiro de fazer decolar o empreendimento. Ao todo, nove lotes serão licitados em busca de empreendedores principalmente do setor de alta tecnologia. As empresas instaladas no local recebem benefícios fiscais federais.

A economia mineira deve encerrar o ano com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima do ritmo mantido pelo país. De acordo com pesquisa da Fundação João Pinheiro, a variação acumulada no ano no Estado, até setembro, é de 2,1%, enquanto o Brasil apresentou uma variação de 0,7% no mesmo período.