BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão negou que o governo tenha previsão de data ou o percentual para reajuste do preço da gasolina. "O aumento sempre houve, menos na bomba. A Cide bancava os aumentos, até que a Cide não teve mais e aí foi concedido aumento na bomba", disse. A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) incidia sobre a importação e a comercialização de petróleo e derivados, gás natural e álcool etílico combustível. Até que em junho do ano passado o governo neutralizou todos os efeitos da contribuição para evitar aumento no preço da gasolina. "A Petrobras insiste que os preços estão desalinhados, que precisam ser realinhados", explicou, "Mas isso só o ministro Guido Mantega (Fazenda) pode dizer". Segundo Lobão, a decisão sobre o reajuste deve ser tomada pelo Conselho de Administração, cujo presidente é o ministro da Fazenda. "Quando foi concedido o aumento, esse ano, ele [Mantega] falou que até o fim do ano alguma coisa poderia vir a mais. Depois não falou [mais nada]".