(Lucas Prates)
A MMX, braço de mineração do grupo EBX e ainda controlado por Eike Batista, apresentará nesta quinta-feira (16) um pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro, afirmou o advogado Sérgio Bermudes. Ele afirma que o pedido é uma tentativa de manter a empresa em operação, preservando empregos.
Na semana passada, a MMX interrompeu as operações da subsidiária MMX Sudeste, responsável pela exploração de minério de ferro na região de Serra Azul, em Minas Gerais.
A explicação da empresa é que a decisão foi tomada para “otimizar recursos e adequar custos diante do cenário de reposicionamento estratégico em que a companhia se encontra”.
Caso o pedido seja aprovado, a MMX será a terceira empresa criada por Eike Batista a entrar em recuperação judicial. As outras duas são a OGX, do setor de óleo e gás, e o estaleiro OSX.
Durante a semana, o Sindicato Metabase de Brumadinho, cidade onde a empresa tem operação, informou que a companhia pretendia cortar 120 postos de trabalho.
Em 2013, conforme o mesmo sindicato, outros 135 funcionários foram desligados da companhia, que inclusive fechou um dos dois escritórios que mantinha em Belo Horizonte.
Planos
A mineradora de Eike Batista possui uma capacidade instalada de 8,7 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano, e tinha um plano de investimentos para desembolsos da ordem de R$ 4,8 bilhões, o que ampliaria a capacidade para 29 milhões de toneladas anuais.
O complexo Serra Azul é formado pelas minas Tico-Tico e Ipê, em Igarapé e São Joaquim de Bicas, no Quadrilátero Ferrífero.
A MMX chegou à região de Serra Azul com a aquisição da AVG por US$ 224 milhões, em 2007. Mais tarde, em 2010, com investimentos da ordem de R$ 50,8 milhões, incorporou a VGA. Depois, a chinesa Wuhan Iron and Steel (Wisco) injetou R$ 400 milhões para adquirir 21,5% da MMX.
(*Com agências)