O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira que usar os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para atingir a meta fiscal de R$ 139,8 bilhões em 2012 é uma ferramenta que já está na conta do governo. "Não fazer o primário cheio está autorizado e previsto", enfatizou. O ministro argumentou que nos últimos anos o artifício só foi usado quando "a situação ficou mais crítica". Ele citou como exemplo o ano de 2009.
Mantega disse ainda que, apesar de o governo não cumprir a meta cheia este ano, isso não significa um afrouxamento das contas públicas. "Pelo contrário. Continuamos reduzindo déficit, que será menor do que o do ano passado e continuará caindo". O ministro reforçou a ideia dizendo que o governo está empenhado em fortalecer as contas públicas do País.
De quanto deverá ser o abatimento, no entanto, ainda não é possível avaliar, segundo o ministro Mantega. "Não temos um número fixado. Deveremos deduzir alguma coisa, que ainda não está determinado, e será o mínimo possível, pois sempre queremos fazer o melhor resultado possível", concluiu.
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