O Nordeste precisa de um plano de longo prazo, preferencialmente formulado internamente, para dar continuidade aos avanços socioeconômicos da última década e reduzir as desigualdades internas. A avaliação foi feita na noite desta segunda-feira, 19, pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, durante discurso de encerramento do workshop Integra Brasil: o Futuro do Nordeste Visto de Fora, realizado em um dos prédios do BNDES, no Rio.
Coutinho destacou o avanço acelerado, tanto do crescimento econômico quanto de indicadores sociais no Nordeste de 2000 a 2010, com destaque para o período a partir de 2004. "Não obstante, nas comparações absolutas, o Nordeste segue inferiorizado", ponderou ele.
Por isso, segundo o presidente do BNDES, "embora o ciclo seja favorável, ele pode se esgotar e não é suficiente para dar conta de um projeto de longo prazo e da continuidade dos avanços na região".
Para seguir os avanços, Coutinho destacou a necessidade de políticas específicas para a redução das desigualdades internas do Nordeste e a de um plano formulado na própria região. "A formulação de um projeto dessa envergadura não pode vir de fora para dentro", disse.
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