Novo salário mínimo aquece vendas além do básico

Iêva Tatiana - Do Hoje em Dia
01/01/2013 às 10:16.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:12
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

  O reajuste de 9%, com ganho real de 2,9%, que elevou o salário mínimo a R$ 678 a partir desta terça-feira (1°), é uma das apostas do varejo para elevar o poder de compra de 45 milhões de brasileiros que têm o rendimento referenciado no piso e aquecer o consumo.   Nos últimos dez anos, o governo tem aplicado aumentos acima da inflação, proporcionando ganhos reais aos trabalhadores, o que justifica, em parte, a ascensão da Classe C no país, que passou a ter maior acesso a bens duráveis, como geladeiras, televisões e computadores. “Todo aumento de renda tem impacto direto no consumo, porque as duas coisas estão interligadas. O aumento do salário mínimo, agregado às facilidades de acesso ao crédito e à redução da taxa de juros, amplia o poder de compra”, afirma a professora de Economia da Fundação Getúlio Vargas/IBS Business School Virene Roxo Matesco.   De acordo com Virene, o reajuste deverá injetar na economia algo em torno de R$ 20 bilhões, favorecendo as previsões de crescimento superior a 3% para este ano. “A projeção é de que as compras das famílias aumentem 5% e esse será um dos itens que vai puxar a economia brasileira para cima em 2013”, diz a professora.   Comércio   O aumento do salário mínimo anima os comerciantes, que esperam movimento intensificado nas lojas, a partir deste mês, principalmente, devido às liquidações e queimas de estoque comuns nesta época do ano.   Segundo o economista da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio MG), Gabriel de Andrade Ivo, a tendência é a de que as pessoas que não compraram no final do ano aproveitem o aumento do salário. “Para o setor de serviços, é muito positivo, porque começamos o ano com estímulo diferenciado. As perspectivas são muito positivas”, afirma.   Na outra ponta, os consumidores planejam formas de empregar o novo salário. Para a empregada doméstica Adriene dos Reis Martins, os R$ 56 a mais na remuneração vão auxiliar na reforma da casa. “Esse dinheiro vai ajudar na compra de materiais de construção e também nas despesas com matrícula e material escolar”, diz a empregada.    Leia mais sobre o histórico de ganhos na Edição Digital

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