Obras em Confins criam confusão e incomodam usuários

As obras do aeroporto de Confins, que estão sendo tocadas simultaneamente em várias frentes de trabalho, inclusive no terminal de passageiros, causam inúmeros transtornos aos usuários. A principal queixa se refere à sinalização insuficiente para as áreas de embarque e desembarque e ao estacionamento, mas também existem reclamações direcionadas ao excesso de poeira, acesso a lojas e praça de alimentação.
 
O trânsito de operários e máquinas também é intenso no que antes era a pista de veículos para embarque e desembarque e que, futuramente, abrigará a ampliação do terminal de passageiros. Na prática, o aeroporto segue com seu fluxo normal, mas foi transformado em um canteiro de obras.
 
Bagunça
 
Dos que utilizam o aeroporto, as opiniões vão do inconformismo com a situação à resignação com a necessidade das intervenções visando uma melhoria futura. No primeiro grupo se encaixa Sérgio Paulo Guimarães, que desembarcou no terminal na última quarta-feira, vindo de Palmas, no Tocantins.
 
“Não é porque tem obras que precisa ter bagunça. Isso acontece quando se faz as coisas de última hora, como é o caso. Normalmente, se projeta a obra durante três anos para executá-la em três meses. Aqui, projetaram em três meses e não conseguem executar em três anos”, disse. Guimarães, que é pastor, também reclamou do excesso de poeira e do acesso comprometido às lojas.
 
Para Rodrigo Rodrigues, que passa pelo aeroporto pelo menos duas vezes ao mês, existe um problema temporário, mas que é inevitável. “Não tive nenhum grande transtorno e o que acontece é que o aeroporto está em obras, e isso gera alguns problemas, mas eu não passei por nada de anormal”, afirmou.
 
O taxista Geraldo Santos Júnior, de Itaúna, e que faz o traslado de passageiros duas vezes por semana, diz que a frequência no terminal não lhe assegura conhecimento do local. “A cada dia, o local destinado a veículos que fazem esse serviço fica em um lugar diferente. Entendo que as obras são importantes e vão melhorar o terminal, mas não há sinalização para nos orientar, o que pode ser facilmente providenciado”, disse.
 
Estacionamento
 
O engenheiro civil Fábio de Melo Lima Neto comentou que os problemas com poeira e barulho são aceitáveis porque toda obra é assim, mas criticou as dificuldades de acesso ao terminal. “Errei a entrada para o estacionamento e tive que dirigir 20 minutos para retornar. Quando voltei, fiquei perdido, sem saber onde era a entrada do estacionamento”, disse.
 
Uma das motivações para a ampliação do aeroporto é a Copa do Mundo, que será realizada no Brasil, em 2014, e que tem Belo Horizonte com uma das sedes. O torneio terá início em junho, e as obras serão finalizadas em abril, caso não sejam registrados novos atrasos.
 
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