Ocupação de hotéis decepciona durante a Copa das Confederações

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
30/06/2013 às 08:17.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:36

Espécie de treino para o Mundial de 2014, a Copa das Confederações, pelo menos para a hotelaria de Belo Horizonte, foi considerada uma decepção. Acusados pela Embratur de cobrar preços em torno de 60% mais altos, segundo revelou pesquisa da entidade nas seis cidades-sede do evento, grande parte dos hotéis da capital amargou em junho queda no número de hóspedes. O nível de ocupação foi abaixo do registrado em igual período do ano passado.

Segundo a presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Minas Gerais (ABIH-MG), Patrícia Matos Coutinho, neste mês, quando a expectativa era bater 90%, até 100% de ocupação, o setor não conseguiu nem ao menos alcançar os 75% de junho de 2012.

“A Copa das Confederações acabou sendo prejudicial, pois além de não trazer turistas, as manifestações e os jogos esvaziaram o ambiente para negócios. Para a maioria, a ocupação ficou em torno de 70%. Só ficaram cheios os estabelecimentos que receberam delegações e puderam cobrar mais caro”, afirma.

Recompensa

A frustração para a hotelaria só não foi maior por causa do jogo da semifinal entre Brasil e Uruguai, na última quarta-feira. “Foi um presente, uma recompensa pelas perdas”, diz Patrícia.

Pode ser que a bonança tão esperada pelo setor não aconteça com a Copa do Mundo de 2014. Até lá, Belo Horizonte e a Região Metropolitana terão mais 52 novos hotéis, um acréscimo de 50% no número de leitos e na concorrência. Hoje, de acordo com a Secretaria Extraordinária da Copa, são 422 estabelecimentos, com 33.058 leitos.

Turistas reclamam da "inflação" da Copa

O setor hoteleiro nega que tenha salgado os preços das diárias. Mas os poucos estrangeiros que vieram à capital chiaram.

“Os preços no Brasil estão muito altos, tanto no que se refere à alimentação quanto à hospedagem. Estou desembolsando R$ 350 por noite no hotel. É um absurdo. Quero ver como vai ser na Copa de 2014”, reclamou o empresário vietnamita Sebastaian Vu, 49, hospedado no Ibis BH Savassi.

Mais prevenido, o estudante canadense Matthew Karamaneikian, 23, usou o tempo a seu favor. No ano passado, reservou um quarto no Hotel Nacional Inn e conseguiu um preço camarada. “Paguei R$ 170 pela diária. Considerando que os preços inflacionaram, foi uma boa escolha. Mas tive que reservar com grande antecedência”, afirmou.


*Colaborou Felipe Torres

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por