O Operador Nacional do Sistema (ONS) estima que o gasto com a geração térmica no País neste ano irá superar os R$ 1,4 bilhão de 2011. Por conta da seca nas regiões onde estão instaladas usinas hidrelétricas, principalmente no Nordeste, e a consequente redução do nível dos reservatórios, o ONS está acionando um número maior de térmicas do que no ano passado.
Além disso, contribui com o aumento dos gastos o fato de a tarifa de energia estar mais cara neste ano do que em 2011. Contudo, a expectativa é de que as chuvas ocorram neste fim de ano. Atualmente, o nível médio dos reservatórios no País está na casa dos 40%, patamar inferior ao dos últimos quatro anos. No Nordeste está em 38,1%; no Sul, 39,4%; no Sudeste, 42,5%; e no Norte, 47,2%.
Irá beneficiar o sistema o início do horário de verão a partir da 0h do próximo dia 21, ressalta o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp. Ele estima uma economia de R$ 280 milhões com a energia que deixará de ser produzida no horário de pico. Em 2011, a economia foi de R$ 130 milhões. Isso corresponde a um porcentual de 4% a 4,5% de redução da demanda nesse período mais forte de consumo.
Neste ano, a Bahia não participará do horário de verão, entretanto Tocantins será incluído. "Sei que o horário de verão é um sacrifício para quem acorda ainda no escuro. Mas há uma compensação no bolso, já que a geração térmica é paga por todos nós", disse Chipp, na sede do ONS, no Rio.
Em entrevista, Chipp afirmou ainda que as recentes interrupções no fornecimento de energia na subestação de Foz do Iguaçu, no Paraná, e Imperatriz, no Nordeste, ocorreram por falha no sistema de proteção dos equipamentos e não por sobrecarga da rede. Segundo ele, estão sendo realizadas avaliações do sistema, sendo que nos pontos considerados mais estratégicos as análises ocorrem num período mais curto de tempo.
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