(Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Em apresentação à Comissão da Reforma da Previdência, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que depois de 2026 será preciso pensar numa nova fonte de financiamento para a Previdência pública. Aos parlamentares, o deputado disse que é preciso reformar para preservar o sistema e que, na velocidade em que cresce o déficit, se não houver contenção "vamos rapidamente consumir todo o orçamento apenas com o custeio da Previdência". "Sem reforma, em 2024 teremos a extinção dos gastos discricionários", alertou.
O ministro destacou que com o déficit é necessário reformar para não estrangular os gastos públicos. Ele lembrou que as despesas já foram limitadas e que agora é o momento de tratar do "déficit sistemático" na Previdência. De acordo com Padilha, o déficit em 2017 (INSS e regimes próprios) será superior a R$ 270 bilhões.
Na apresentação, Padilha destacou que sem reforma, em 2025 só serão pagos a Previdência, folha, FAT, saúde e educação. "Mesmo com a reforma, gastos com a Previdência continuarão crescendo", apontou. Comparando com a situação de outros países, Padilha disse que o Brasil não está "inovando", mas se alinhando ao cenário internacional de regime de aposentadoria.
O ministro ressaltou que cresce a confiança no Brasil e que a reforma já está precificada. "A reforma da Previdência é absolutamente indispensável para equilibrar as contas públicas", disse.
Na explanação, o ministro também cita a retomada da confiança interna e externa, com recuperação de alguns setores. Ele mencionou que os juros começaram a cair e há propensão de queda do ritmo de 0,75 ponto porcentual a cada reunião. "Há no horizonte uma luz de esperança de retomar emprego ainda no primeiro semestre", completou.
O ministro comentou que a expectativa de vida hoje é de 78 anos, que o bônus demográfico será extinto entre 2024 e 2025 e que a população ativa será menor que o número de aposentados. "Quando nosso sistema de Previdência foi concebido, tínhamos expectativa de vida de 59 anos", afirmou o ministro, destacando que o sistema hoje não é sustentável.
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