Pampulha lidera expansão imobiliária

Franciele Xavier - Hoje em Dia
18/10/2013 às 06:25.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:26

No atual fenômeno da expansão imobiliária de Belo Horizonte , a Pampulha é a região que mais se destaca em número de empreendimentos residenciais. Isso porque é uma das poucas da cidade com perfil de classe média e fartura de terrenos vagos.    Mas não é só isso. Uma série de obras viárias trouxeram a Pampulha para mais perto do coração da cidade. E outros empreendimentos, como a Cidade Administrativa, estão carreando uma grande leva de novos moradores para a região. Apenas no trimestre de julho a setembro, a Prefeitura Municipal aprovou 87 novos projetos imobiliários para a Pampulha, o maior número entre as regiões da cidade, conforme apontou levantamento realizado pela Câmara do Mercado Imobiliário (CMI) e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (Secovi-MG).   Investimentos    O presidente da CMI, Evandro Negrão de Lima Júnior, explica que uma série de fatores contribui para que a região esteja em destaque e seja valorizada tanto pelas empresas do setor quanto por quem tem intenção de comprar um imóvel.   “Os investimentos públicos melhoraram muito a região, com ampliações e novas avenidas, reforma do Mineirão, aumento do movimento no aeroporto da Pampulha e a construção da cidade administrativa. Tudo isso atrai o desejo de moradia para a região e as incorporadoras respondem a esse desejo com empreendimentos. E esse movimento acaba resultando em outros grandes equipamentos, como shoppings e faculdades, criando um círculo virtuoso”, analisou Júnior.   O diretor da área imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Bráulio Franco Garcia, vê outra vantagem que coloca a Pampulha como região preferida das incorporadoras. Segundo ele, nos bairros que compõem a região ainda há terrenos disponíveis a um custo razoável, e capazes de comportar empreendimentos voltados para a classe média. São oportunidades construtivas que não são mais encontradas em regiões muito adensadas, como a Centro-Sul.    “Em bairros mais centrais existem áreas a serem construídas, mas a maioria é ocupada por casas e prédios antigos que precisam ser demolidos. Além disso, o metro quadrado (de terrenos) em bairros visados como Lourdes, Funcionários, Cruzeiro, Anchieta e outros gira, atualmente, em torno de R$ 12 mil. Na Pampulha é possível encontrar o metro quadrado em lotes livres a preços entre R$ 5 mil e R$ 7 mil”, afirmou.    Mudanças na lei não prejudicaram a região   O gerente comercial da Direcional, uma das construtoras mais atuantes na região da Pampulha, Júnior Bosco, explica que nem mesmo a reforma da Lei de Uso e Ocupação do Solo prejudicou os projetos na região, ao contrário do que acontece no hipercentro.    “A nova lei diminuiu muito o aproveitamento de espaço, mas, em contrapartida, na Pampulha os terrenos são grandes. E existe a vantagem dos empreendimentos serem mais atrativos, com maior integração de área verde e um aproveitamento da área disponível com infraestrutura de qualidade”, disse.   Procura   Na imobiliária Securitá Imóveis a procura por imóveis novos no vetor Norte também aumentou. De acordo com o gerente de vendas Marcelo Santos, nos últimos quatro meses as incorporadoras finalizaram a construção de prédios e condomínios e estão entregando o que não foi comprado na planta.    “Agora é a época de giro, em que principalmente investidores que compraram na planta para alugar ou vender começam a procurar as imobiliárias. A procura está alta, principalmente nos bairros Castelo, Ouro Preto e Santa Amélia”, disse Santos.

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