(Wesley Rodrigues)
Apesar de estimar que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mineiro não passará de 0,3% neste ano, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Júnior, é categórico ao dizer que 2013 não foi um ano perdido. “Talvez 2013 esteja posicionado entre os piores. Mas perdido não foi”, disse Olavo Machado, em entrevista exclusiva ao Página 2 Entrevista, que o Hoje em Dia publica na edição de segunda-feira (30). Na avaliação do presidente da Fiemg, a retração da economia mundial é o principal responsável pelo baixo desempenho da indústria mineira, que tem como base a produção e a exportação das commodities, como o minério de ferro e o café. Além disso, ele comenta que o fato de a produção em 2013 ter sido inferior à registrada nos anos anteriores piorou o cenário. Com relação aos destaques do ano, Machado Júnior cita os automóveis e a linha branca, que receberam incentivos do governo federal. “Por outro lado, temos o minério, que é hoje influenciado pelo cliente que está lá na China, onde está nevando muito”, diz. Ainda assim, ele comenta que o Brasil foi melhor do que os demais emergentes. Para manter a posição de destaque, no entanto, o presidente da Fiemg diz que as despesas governamentais devem ser diminuídas e os investimentos feitos no local certo, como infraestrutura. “É um conjunto de fatores que precisamos de ter para poder estar em uma posição melhor em termos econômicos”, comenta. Concessões As concessões de aeroportos e rodoviárias realizadas em 2013 foram elogiadas por Machado. De acordo com ele, se o governo não tem os recursos necessário, recorrer ao setor privado é uma saída inteligente. Ele ainda comentou a dificuldade do empresário mineiro em encontrar mão de obra qualificado, apesar do pleno emprego atingido no país. Segundo pesquisa realizada pela Fiemg, 68% das empresas procuram pelo trabalhador ideal, sem sucesso. Para solucionar o problema, Machado Júnior diz que o Sistema Sesi/Senai tem investido em treinamento profissional e em desenvolvimento tecnológico por meio do Cetec, e da Fundação centro tecnológico de Minas Gerais, no Horto, que recebeu investimentos de R$ 160 milhões.