O coordenador geral de Sistema Financeiro da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Sérgio Jurandir Machado, disse nesta segunda-feira à Agência Estado que a queda da taxa básica de juros no País permite que o investidor olhe "com mais carinho" para o risco do crédito privado. Por isso, as empresas que forem capazes de formatar emissões que pareçam interessantes ao mercado vão poder se beneficiar deste momento "auspicioso".
O coordenador disse que o papel do governo é trabalhar como catalisador desse processo de mudança no mercado de capitais e, por isso, tem incentivado com a flexibilização das regras para emissão de debêntures de infraestrutura. "A ideia é justamente gerar um incentivo adicional para que o investidor possa olhar para este mercado de capitais brasileiro com mais carinho e buscar alternativas", disse.
O secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Pablo Fonseca, afirmou que este é um momento de mudança no mercado de capitais, semelhante ao momento que o País enfrentou a queda da inflação em meados dos anos 90. "Nós desenvolvemos um mercado financeiro bastante sofisticado, mas com características muito peculiares aos problemas da época inflacionária. A inflação ficou para trás, mas as soluções encontradas persistiram e uma delas foi a indexação do DI", afirmou.
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