O aumento das preocupações com o futuro levou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) na capital paulista a uma queda de 2,7% na passagem de julho para agosto. Conforme levantamento da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o ICC passou de 160,6 pontos em julho para 156,3 pontos em agosto, em escala de 0 a 200 que demonstra otimismo quando acima dos 100 pontos.
De acordo com análise da federação, a piora do nível de otimismo no período está associada ao quadro de instabilidade da economia brasileira. "Notícias de quedas de produção e venda em determinados segmentos elevam o nível de apreensão do consumidor paulistano, apesar das tentativas do governo em amenizar os impactos com pacotes de incentivo", explicou nota da FecomercioSP.
O Índice de Expectativa do Consumidor (IEC), categoria que mede a percepção futura dos consumidores, caiu 3,3% no período em análise, com especial ênfase entre as famílias com renda de 10 salários mínimos ou mais, onde o indicador apontou baixa de 8%. A diminuição da confiança também foi mais sentida entre os paulistanos com 35 anos ou mais, perfil em que o indicador caiu 5,1%. No recorte por sexo, a confiança das mulheres no futuro ficou 4,1% menor em agosto.
A avaliação da situação presente, captada pelo Índice de Condições Econômicas Atuais (ICEA), caiu também, mas de maneira mais suave, com recuo de 1,7% ante julho. Na situação presente as mulheres estão mais confiantes e levaram o grupo a um aumento de confiança da ordem de 1,1% de julho para agosto. Já entre os homens, o otimismo presente declinou 4,4%. Também houve piora da percepção presente nas famílias com renda inferior a 10 salários mínimos, com baixa de 3,5%.
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