Petrobras é a grande vencedora do leilão de gás da ANP

Mônica Ciarelli, André Magnabosco, Wellington Bahnemann e Sabrina Valle
28/11/2013 às 15:06.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:26

Mesmo muito criticada por seu elevado nível de endividamento, a Petrobras foi a grande vencedora da 12ª Rodada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), arrematando 49 dos 72 blocos licitados no leilão realizado nesta quinta-feira, 28. Ao todo, a autarquia arrecadou R$ 165,193 milhões em bônus de assinatura, o que representa um ágio de 755,95% em relação ao preço mínimo requisitado preliminarmente para os blocos arrematados.

Programada para durar dois dias, a rodada levou apenas aproximadamente três horas, com poucos interessados, a maioria em parceria com a estatal. A Petrobras arrematou 27 blocos sozinha e outros 22 blocos em parceria com empresas como Nova Petróleo, Cowan, GDF Suez e Ouro Preto. O maior lance da Petrobras foi para um bloco na bacia do Recôncavo, pelo qual pagou R$ 15,2 milhões.

Duas das sete bacias ofertadas não receberam lances: Parecis e São Francisco. O que ajudou a impulsionar o leilão foi a maior disputa pelos blocos das bacias do Paraná e do Recôncavo. Na 12ª Rodada, as empresas se comprometeram a investir R$ 503 milhões nas áreas vendidas. Foram licitados 72 dos 240 blocos incluídos na 12ª Rodada de Licitações.

O leilão, realizado em 13 etapas distintas com setores de sete bacias sedimentares, terminou com a oferta de 16 blocos na bacia do Paraná, 1 na bacia do Parnaíba, 1 na bacia Acre-Madre de Dios, 24 na bacia Sergipe-Alagoas e 30 na bacia do Recôncavo.

Histórico

O leilão de hoje foi a terceira licitação organizada pela ANP para a oferta de áreas exploratórias em 2013. Em maio, a 11ª Rodada de Licitações ofertou 289 blocos, dos quais 142 foram arrematados - 34 deles pela Petrobras. As propostas alcançaram o valor recorde de R$ 2,823 bilhões em bônus de assinatura, o equivalente a um ágio de 628% sobre o mínimo requerido por esses blocos.

Em outubro, foi a vez da 1ª Licitação de Partilha de Produção com a oferta do prospecto de Libra. O leilão, o primeiro específico de uma área do pré-sal, foi vencido por um consórcio formado por Petrobras (40%), Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC (10%), com proposta de pagamento para a União de 41,65% do lucro em óleo. O leilão previa antecipadamente o pagamento de R$ 15 bilhões em bônus de assinatura.
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