A Petrobras anunciou nesta quarta-feira, 14, redução, nas refinarias, em 2,3% no preço médio da gasolina e em 5,8% no valor do diesel. Os novos preços começam a ser aplicados a partir das 0h de 15 de junho.
"A decisão reflete as variações recentes nos preços internacionais do petróleo que, depois de flutuar ao redor de US$ 50 por barril, registrou queda sucessiva estando abaixo de US$ 46 por barril atualmente", destaca a estatal, lembrando que, no câmbio, depois de uma desvalorização "significativa" na moeda brasileira em relação ao dólar, a moeda americana tem flutuado em torno de R$ 3,30.
O Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) da empresa decidiu revisar os preços dos combustíveis em períodos mais curtos, que hoje é mensal, sem alterar a regra de formação dos valores da atual política. O comitê reiterou que, "como já observado nos dois últimos movimentos de preços, que os reajustes em períodos aproximados de 30 dias não têm sido suficientes para refletir as volatilidades" de preços internacionais de derivados e câmbio entre as datas dos reajustes.
Na terça-feira, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, já havia dito que a companhia analisava a possibilidade de aumentar a frequência de reajustes de preços dos combustíveis. Ele já tinha adiantado que a decisão estava relacionada à volatilidade do preço do petróleo e, principalmente, do câmbio.
Conforme o comunicado da estatal, os novos preços continuam com uma margem positiva em relação à paridade internacional, segundo o princípio da política anunciada, e estão alinhados com os objetivos do plano de negócios 2017-2021.
Como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas pela Petrobras nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso depende de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis, especialmente distribuidoras e postos revendedores.
Se o ajuste anunciado hoje for integralmente repassado e não houver alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, o diesel pode cair 3,5%, ou cerca de R$ 0,11 por litro, em média, e a gasolina, 0,9% ou R$ 0,03 por litro, em média.
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