As cotações do petróleo ensaiam uma recuperação na manhã desta terça-feira (15), após mostrarem fortes perdas na sessão anterior em reação a indicadores econômicos fracos da China e preocupações persistentes sobre o excesso de oferta da commodity O Commerzbank não acredita que o petróleo tenha um novo rali e atribui altas recentes à rolagem de futuros e à cobertura de posições vendidas por operadores.
Por outro lado, vários analistas avaliam que os preços atuais do petróleo são insustentáveis, em vista da oferta menor dos EUA e de outros produtores não ligados à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
"O aumento nos preços do petróleo é inevitável, a menos que algo drástico aconteça, e a recuperação poderá vir até mesmo esta semana se o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) decidir não elevar as taxas de juros", comentou Michael Nielsen, operador sênior de derivativos de petróleo da Global Risks Management, em Copenhague. O Fed se reúne amanhã e quinta-feira para revisar os juros dos EUA.
Os investidores também continuam atentos aos estoques de petróleo dos EUA. No final da tarde, o American Petroleum Institute (API, uma associação de refinarias) divulga sua pesquisa semanal, que amanhã será seguida pelo levantamento oficial, do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) norte-americano.
Às 9h07 (de Brasília), o Brent para novembro, o mais líquido na plataforma eletrônica ICE, subia 0,76%, a US$ 47,71 por barril, enquanto o Brent para outubro, que vence no final do dia, avançava 0,73%, a US$ 46,71 por barril. Na Nymex, o petróleo para outubro tinha alta de 0,95%, a US$ 44,42 por barril.