Pimentel diz que País não tem déficit no fluxo comercial

Gustavo Porto, Francisco Carlos de Assis e José Roberto Castro
07/05/2013 às 17:36.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:29

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, considerou nesta terça-feira que, apesar dos déficits comerciais recordes em abril e nos quatro primeiros meses de 2013, o Brasil não está com saldo negativo no fluxo de comércio. De acordo com Pimentel, no acumulado dos últimos 12 meses, o superávit é de quase US$ 10 bilhões. Ele relatou que de janeiro a abril de 2012 ante igual período deste ano, as exportações caíram de US$ 74,6 bilhões a US$ 71,4 bilhões e causaram impacto nas contas.

"Perdemos US$ 3 bilhões por causa da conta-petróleo. A queda nas exportações de petróleo ocorreu por manutenção preventiva da Petrobras e a produção volta ao normal a partir de junho e julho", justificou Pimentel, que participa de um seminário em São Paulo. Já as importações cresceram US$ 6 bilhões, para US$ 77,6 bilhões, puxadas por bens de capital, matérias primas e insumos intermediários. "Quando o país se prepara para crescer, a primeira coisa que aumenta são essas importações", disse. "Outra metade no crescimento das importações é combustíveis e lubrificantes, que não compensaram a queda nas exportações de petróleo", disse.

Ele afirmou que a balança comercial brasileira já registra superávit na primeira semana de maio, que começará a se equilibrar a partir deste mês e que o ano chegará ao fim com um saldo positivo. "Vamos nos recuperar e fechar o ano com dados positivos. O que houve foi um percalço temporário", afirmou.

Questionado sobre a questão do dólar desvalorizado, Pimentel brincou e lembrou que o Brasil tem modelo de câmbio flutuante, o que não quer dizer que governo não seja vigilante. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mencionou a flutuação do dólar e completou: "Não quero dizer que o governo deva intervir mais ou menos, mas quem sabe alguma boia possa ser útil." Pimentel também reiterou que o governo reduziu a taxa de juros para abaixo de dois dígitos e ao menor nível da história, mas que, "se precisar subir, vai subir" como ação de controle da inflação.
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