Mesmo que ocorra algum desvio mais elevado da inflação do que o esperado no IPCA de 2013, o governo não responderá, de imediato, com elevação da taxa de juro básico. A previsão é do economista-chefe da Planner Investimentos, Eduardo Velho. Para ele, em um cenário de eventual desvio da inflação, o governo responderia com medidas macroprudenciais, como elevação do compulsório bancário, do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), reversão de parte das isenções fiscais já concedidas, restrições normativas no âmbito do crédito ou novo contingenciamento fiscal.
"Ou seja, a elevação da Selic estaria, em nossa avaliação, como última opção de política monetária. Por isso, esperamos manutenção da Selic em 7,25% ao ano até pelo menos dezembro de 2013", afirma Velho. Desta forma, o economista diz vislumbrar espaço de ajuste para baixo na mediana das expectativas de mercado em relação à projeção para a Selic no final do próximo ano na pesquisa Focus, que ainda projeta uma pequena alta.
Velho afirma ainda que, pela evidência da política econômica em curso, é mais provável uma redução da taxa de juro no biênio 2013-2014 do que uma elevação. "Mas é claro que este movimento dependerá significativamente do cenário de preços de commodities e do crescimento mundial", pondera.
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