Os caminhoneiros que desde terça-feira fazem protesto na entrada do Terminal de Contêineres (Tecon), em Guarujá, na Baixada Santista, contra a Santos Brasil, mantiveram o protesto nesta quinta-feira, mas sem provocar os problemas dos dias anteriores, que afetaram não só os motoristas, mas toda a população, ao congestionar a rodovia Cônego Domênico Rangoni.
Na noite de quarta-feira, as polícias militar e rodoviária tiveram de intervir, autorizando a entrada na Rua do Adubo apenas dos caminhões-tanque e dos veículos que transportassem grãos. Em protesto, os caminhoneiros atearam fogo em pneus e madeira, fechando a estrada. Os bombeiros foram chamados e, além de apagar o fogo, lavaram a pista de acesso ao terminal, esvaziando o movimento.
Os caminhoneiros criticam as más condições de trabalho no terminal e o não cumprimento de acordo firmado na última sexta-feira entre o Tecon e as autoridades do município. Eles querem o pagamento de estadia e maior agilidade na operação de carga e descarga de mercadorias. Na terça-feira, os caminhoneiros que transportam contêineres para o terminal bloquearam as balanças e portarias do Tecon. O resultado foi um congestionamento de mais de 10 quilômetros, prejudicando o tráfego de veículos em toda a região.
De acordo com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o porto, houve uma diminuição da fila de caminhões nesta quinta-feira em Guarujá, com o ingresso de 150 veículos entre as 12h e as 15 horas. Em nota distribuída à imprensa, a Codesp garante que nos últimos dias, junto com a América Latina Logística (ALL), tem promovido medidas para minimizar o impacto da movimentação sobre a cidade, mas que os problemas só serão resolvidos em abril com a entrega de viadutos na Avenida Perimetral.
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