Preço de vários alimentos sobem com greve dos caminhoneiros

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
04/07/2013 às 07:08.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:44

Vários alimentos já estão mais caros em função do protesto dos caminhoneiros, que paralisou os principais corredores rodoviários de Minas e do país. Ontem, no terceiro dia do movimento, a Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa-Minas) registrou queda na entrada de uma série de produtos, em especial aqueles produzidos em regiões distantes de Belo Horizonte.

Além dos alimentos, o protesto afeta também as indústrias que trabalham em regime just in time e o setor atacadista, no qual Minas é o principal polo nacional. E, ainda, o abastecimento de combustível de cidades do interior mineiro. Ontem, foram registrados vários pontos de bloqueio nas estradas mineiras, mas a adesão ao movimento declinou (leia na página ao lado).

Na Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa-Minas), o preço médio dos hortigranjeiros subiu 17,6%. Apesar do volume médio de entrada de produtos não ter caído, vários deles registraram queda em função da dificuldade do transporte por caminhões.

Conforme o chefe do Departamento Técnico da Ceasa-Minas, Wilson Guide, a entrada de batata inglesa na Ceasa caiu 20%, para 580 toneladas. Como reflexo, o preço do saltou de R$ 1,57 o quilo para R$ 2,02, alta de 28,6%.

Na esteira da batata, seguiram as altas da beterraba (53%), do tomate (48%), da cenoura (35,4%) e da laranja pera (24%). Conforme estimativa da Associação Comercial da Ceasa (Acceasa), entre 15 mil e 20 mil toneladas de alimentos que chegariam ao entreposto nesta semana estão retidos nas manifestações.

O reflexo nos preços nos supermercados é direto. “Quem comprar hoje (ontem) vai pagar mais caro e o repasse é imediato”, afirmou o superintendente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Adilson Rodrigues. Com relação aos produtos não perecíveis, ele afirma que os supermercados têm estoque para, pelo menos, mais dez dias.

Atacado

Entre os atacadistas, os protestos também geraram prejuízos. A frota da Tambasa, de Belo Horizonte, conta com 900. De acordo com o diretor comercial da empresa, a maior parte está parada. “Os que saem não chegam ao destino. Os que entregam a mercadoria não conseguem voltar”, disse.

Fiat

Na indústria, o setor automotiva, que opera em regime de just in time, é o mais afetado. A Fiat Automóveis, de Betim, interrompeu parcialmente a produção na terça-feira e ontem “devido aos problemas no fornecimento de componentes e autopeças”, conforme nota enviada pela assessoria de imprensa da companhia. A montadora não informou quantos automóveis deixaram de ser fabricados. A expectativa é a de que a produção seja normalizada hoje.

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