O Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira, 28, registrou alta de 0,35% em abril. No acumulado do ano, o indicador teve queda de 0,06%, e, em 12 meses, alta de 5,48%. O índice de 0,35% em abril é o maior registrado na indústria de transformação neste ano, segundo o IBGE.
Em abril, ante o mês anterior, 18 das 23 atividades pesquisadas apresentaram variações positivas de preços, contra 14 registradas em março ante fevereiro. As quatro maiores variações foram na indústria farmacêutica (1,95%), borracha e plástico (1,43%), papel e celulose (1,31%) e têxtil (1,29%).
Alimentos
A indústria de alimentos perdeu peso na formação do Índice de Preços ao Produtor (IPP) em abril, comparado a março, segundo o técnico da coordenação de Indústria do IBGE Cristiano Santos. O peso dos alimentos na formação da taxa passou de 19,20% em março para 19,16% em abril. O mesmo ocorreu com a indústria de veículos automotores (de 11,33% para 11,32%) e com o refino de petróleo e produtos de álcool (de 11,30% e 11,27%). Em contrapartida, os demais setores aceleraram de 34,68% para 34,82%.
Os alimentos, que representaram a principal influência do IPP em março, contribuindo para conter a alta taxa, em abril não registraram o mesmo desempenho. Em março, os alimentos tiveram influência de -0,24 ponto porcentual na formação do índice, enquanto em abril a influência foi de 0,03 ponto porcentual.
"A super safra fez com que o nível de preços da maioria dos produtos, cujas cotações são dadas no mercado doméstico, caísse no início do ano. Isso não acontece da mesma forma agora. Além disso, a alta de preços dos produtos químicos está elevando os preços na lavoura", afirmou Santos, complementando que a tendência é de que a safra não tenha tanta influência sobre os preços nos meses seguintes.
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