Preços dos hortifrútis perdem força em Belo Horizonte

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
12/07/2013 às 06:40.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:59

Vilão-mor da inflação no primeiro semestre do ano, com direito a piadas e destaque nas redes sociais, o tomate está se transformando no símbolo da reversão da tendência inflacionária dos alimentos. O fruto, que chegou a custar mais de R$ 10 por quilo, na última quarta-feira, dia de oferta em uma grande rede supermercadista, era encontrado baratinho, por R$ 0,89.

Ontem, na mesma loja, valia R$ 1,98. Só em junho, segundo dados do IBGE, o preço despencou 7,53% em Belo Horizonte, um alívio no grupo alimentar, hoje mais “protegido” da fúria do dragão.

No mês, a inversão de tendência aparece em itens como hortaliças (-6,5%), cenoura (-17,9%) e quiabo (-9,1%). O item Alimentos e Bebidas também apresentou queda. Apesar de pequena, a retração de 0,09% é um sinal de que a refeição do dia a dia do brasileiro dará uma trégua ao bolso.

No ano, entretanto, a alta chega a 6%, quase o dobro do IPCA (3,5%). Cereais, leguminosas e oleaginosas também desaceleraram. Em junho, a variação foi de 0,3%, bem mais modesta que os 10,3% registrados no ano ou 26,7%, no acumulado em 12 meses.

Segundo analistas, o clima atual, sem chuvas fortes como no início do ano, favorece o ciclo de produção de vários alimentos. “Após sucessivas altas, os produtos alimentares têm apresentado bom comportamento. Alguns itens, como o tomate, vem deixando de impactar ou estão até contribuindo para baixar a inflação. Mas é uma coisa gradativa, já que nos últimos 12 meses a variação é absurda”, diz o analista do IBGE na capital, Antonio Braz.

No caso do tomate, por exemplo, considerando-se o período de junho de 2012 a julho de 2013, o preço subiu 54%, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e Administrativas (Ipead), e 61%, de acordo com o IBGE, que utiliza uma metodologia diferente.

Se, por um lado, o fruto foi motivo de dor de cabeça para a dona de casa durante muito tempo, produtores de Carandaí, maior horticultora do Estado, comemoraram ganhos. Conseguiram mais de R$ 30 pela caixa, ante os R$ 10 negociados na safra anterior.

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